Entrevista | Regina Dalcastagnè
Radiografia da literatura brasileira
Professora da UnB que coordena pesquisas sobre autores e livros contemporâneos fala sobre as principais características da literatura produzida hoje no país
Luiz Rebinski Junior
A literatura brasileira contemporânea nunca esteve tão presente na universidade quanto hoje. Pelo menos no departamento de Letras da Universidade de Brasília (UnB). É lá que a professora Regina Dalcastagnè, doutora em Teoria Literária pela Unicamp e professora titular de literatura brasileira da UnB, coordena o Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea e edita a revista Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea. Foi a partir desse núcleo que surgiu o livro Literatura brasileira contemporânea: um território contestado. Lançado em 2012, o estudo fez barulho ao revelar que a literatura brasileira é um espaço pouco plural, dominado por homens da classe média que escrevem apenas sobre os dramas vividos na metrópole por seus pares de estrato social. No momento, Regina e seu grupo de estudo trabalham com os romances publicados entre 2005 e 2014. Já foram lidos e catalogados 670 livros. Contanto os dois momentos do trabalho (1990 a 2004 e 2005 a 2014), o estudo abarcará quase um quarto de século da produção literária brasileira. Um esforço pouco comum na universidade em se tratando da literatura contemporânea. Na entrevista a seguir, a professora Regina comenta a nova fase de seu trabalho e fala sobre a falta de diálogo entre escritores, acadêmicos e editores. Para ela, também falta aos nossos escritores a ambição de produzir livros que consigam definir o Brasil. “Nossos romances falam do aqui e do agora, de uma classe social, de um gênero e uma raça — são pequenos recortes pessoais ou de grupos localizados.”
A academia, em geral, costuma trabalhar quase que exclusivamente com autores clássicos da literatura nacional. O grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea da UnB, que a senhora coordena, é um ponto fora da curva na universidade brasileira? Ou os autores contemporâneos finalmente estão sendo estudados nos cursos de Letras?
Sim, os autores brasileiros contemporâneos estão sendo estudados nas universidades. Há um número crescente de pesquisadores empenhados em trabalhar com o assunto, a partir de diversas abordagens e em diferentes recortes. São inúmeros grupos de pesquisa que vêm surgindo aqui e ali, com projetos interessantes e abrangentes — alguns lidam com obras ou autores específicos, outros elaboram uma discussão mais ampla, sobre o campo literário nos dias de hoje. Inclusive no exterior, é muito comum que as aulas de literatura brasileira passem por autores recentes, o que permite um diálogo maior dos jovens com a nossa cultura. Certamente ainda há algumas universidades que preferem marcar distância do assunto, permanecendo na posição confortável de só trabalhar com o cânone estabelecido, do modernismo para trás. Mas elas não podem, absolutamente, ser tomadas como exemplo do que acontece no resto do país.
A senhora também coordena uma revista com ensaios sobre a literatura contemporânea. Esses estudos serão reunidos em novo livro sobre o tema?
A revista Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, que já tem 42 edições e se encontra inteiramente disponível na internet, é outra demonstração do quanto a área vem se desenvolvendo no país. Nós recebemos entre 50 a 60 artigos de doutorandos e doutores do Brasil e do exterior para serem avaliados a cada número (são dois por ano). Quando a revista chegou a seu trigésimo número, em 2008, julgamos que era hora de reunir alguns artigos em livro. Foram identificados os temas mais presentes nos textos publicados na revista e, pela quantidade e qualidade dos artigos, optou-se por “violência e desigualdade” como eixo do volume. Talvez já seja hora de pensarmos em uma nova coletânea.
A literatura brasileira contemporânea ainda vende pouco, mas a percepção é de que nunca foi tão debatida quanto agora. Não parece um contra-senso discutir tanto uma literatura que ainda está à procura de leitores?
Creio que é importante discutir essa literatura, sim, até para entender sua dificuldade em atingir um público maior. Temos problemas econômicos e de alfabetização no país, mas há também o elitismo do fazer literário, que tende a afastar possíveis leitores. Aliás, por mais que os escritores digam que procuram leitores, eles estão cientes de que vender muito pode significar uma desqualificação de sua obra. Também o foco, excessivamente voltado para a classe média branca, restringe a recepção. E, por fim, as editoras muitas vezes preferem apostar no que é certo, investindo muito mais na divulgação de obras que já se mostraram vendáveis no exterior e escondendo os autores brasileiros. Há dezenas ou centenas de lançamentos por ano, mesmo de editoras médias ou grandes, que mal aparecem nas livrarias. A internacionalização e concentração do mercado do livro no Brasil, que se aceleraram nos últimos anos, torna o cenário ainda mais preocupante.
Há dois anos a senhora lançou um livro chamado Literatura brasileira contemporânea: um território contestado, que, a partir de uma pesquisa quantitativa, constatava que a literatura contemporânea é feita majoritariamente por homens brancos e de classe média. Como a classe literária, incluindo aí críticos e editoras, reagiu ao seu trabalho?
Meu livro é resultado de 15 anos de trabalho com a literatura brasileira contemporânea. Ali discuto questões que envolvem autoria, espaço, tempo, narrador, problematizando inúmeros dilemas que constrangem e impulsionam a produção literária atual. O último capítulo traz os resultados de uma pesquisa extensa com os romances publicados pelas principais editoras brasileiras entre 1990 e 2004. É uma espécie de mapeamento dos autores e das personagens dessas obras, que nos fornece dados significativos para se refletir sobre a produção literária e o mercado editorial brasileiro hoje. A repercussão dessa pesquisa estatística foi muito curiosa — nem tínhamos lançado os resultados finais, com a devida discussão dos dados, e já se ouvia a condenação ao trabalho feita por alguns escritores. Como se o levantamento representasse uma espécie de patrulha. A meu ver, isso mostra desconhecimento do que a pesquisa significa. Quando eu digo, por exemplo, que 80% das personagens do romance brasileiro contemporâneo são brancas, não estou impugnando livros em que não aparecem negros ou acusando seus autores. Estou apontando um problema que não é individual, mas do campo literário brasileiro, que não abre espaço para produtores de determinadas origens, que foca num público leitor restrito e que só valoriza determinadas tradições criativas. Mas outros escritores, que leram o trabalho, foram muito receptivos, inclusive para debatê-lo. Há uma reclamação muito frequente entre os escritores de que as universidades não trabalham com suas obras, mas podemos dizer a mesma coisa — a maior parte deles não nos lê. Quanto às editoras, elas simplesmente ignoram a nossa existência. Qualquer pesquisador que já teve que solicitar dados às editoras brasileiras pode confirmar que elas não têm nenhum interesse em dialogar conosco.
A senhora e seu grupo de pesquisa analisaram 258 romances brasileiros publicados entre 1990 e 2004. Como se dá a escolha dessas obras e que tipo de avaliação o leitor desses livros faz?
Bom, é preciso explicar a pesquisa inteira. Ela tem como foco a personagem do romance brasileiro contemporâneo e envolveu a seleção de um recorte de obras, a produção de uma ficha padronizada de leitura, a programação do software estatístico, o treinamento dos auxiliares de pesquisa (cerca de 40 alunos de graduação e de pós-graduação até agora). A primeira etapa, fez um mapeamento das personagens, das autoras e dos autores do romance brasileiro de 1990 a 2004. Outras etapas se seguiram: fizemos também o mapeamento das personagens e autores do romance do período 1965 a 1979; das personagens do cinema brasileiro da retomada; e ainda um aprofundamento da compreensão da representação das mulheres nesses romances. No momento, estamos trabalhando com os romances publicados entre 2005 e 2014. Já foram lidos e catalogados 670 romances. Temos um banco de dados com informações detalhadas sobre todos eles. O objetivo não era mapear tudo o que se produz sob o rótulo de “literatura”, mas um conjunto de obras representativas, dotadas de reconhecimento social, com certa penetração. Entendi que as editoras são as principais fiadoras deste reconhecimento. Assim, contatei um grupo de 30 escritores, críticos e professores, indagando quais seriam as três principais editoras para a publicação de literatura brasileira em prosa, aquelas que conferiam mais prestígio a seus autores. Desta enquete, para o período de 1990 a 2004 surgiram, com grande clareza, os nomes da Companhia das Letras, Record e Rocco. Para o período de 2005 a 2014, foram selecionadas Companhia das Letras, Record e Objetiva/Alfaguara. Para o período intermediário, de 1965 a 1979, a enquete não trouxe resultados significativos (os informantes alegavam não se lembrar das editoras mais importantes), então fizemos um levantamento na Biblioteca Nacional e chegamos à conclusão de que as duas principais editoras então (pelo volume de obras publicadas e pela importância no cenário nacional) eram a Civilização Brasileira e a José Olympio. Procuramos ler, portanto, todos os romances publicados em primeira edição por estas editoras nestes períodos. É importante destacar que a pesquisa não diz que os romances estudados são “melhores” ou “mais importantes”. Diz apenas que foram os romances publicados pelas editoras que conferem maior prestígio aos seus livros. Não trabalhamos com a recepção do leitor, que envolveria outro tipo de metodologia e outros problemas de pesquisa.
Seu estudo também revela que nossa produção literária é bastante monotemática, com a metrópole servindo de pano de fundo para discutir questões da classe média, de onde surge a grande maioria dos escritores brasileiros. Esse cenário se deve a quê? É uma questão de mercado, um recorte feito pelas editoras, ou apenas um reflexo da própria sociedade brasileira?
Creio que isso reflete um conjunto de fatores. Em primeiro lugar, esse é, realmente, o meio de onde vem o escritor brasileiro. Pelos nossos levantamentos, em sua maioria, eles são homens brancos da classe média, têm profissões já vinculadas aos espaços de domínio de discurso, como o jornalismo ou a universidade, e residem em São Paulo e Rio de Janeiro. Nossos dados principais são sobre os romancistas publicados pelas grandes editoras, mas outros levantamentos paralelos apontam resultados semelhantes quando observados outros gêneros e mesmo outras editoras. Se é esse o perfil do escritor, e se esse perfil é tão frequentemente replicado em suas personagens, podemos inferir que é mais confortável para o autor brasileiro escrever sobre o que vive e o que conhece. Por outro lado, seu público em potencial não difere muito desse mesmo perfil, o que também deve influenciar nas escolhas das editoras. Isso, sem dúvida, é reflexo da situação de segregação social própria do Brasil. O que não quer dizer que muita gente com outro perfil social não esteja escrevendo. Há um movimento dinâmico nas periferias, que se expressa usando o papel, mas também outros suportes, como a música e a internet. No entanto, os filtros que impedem que essa produção seja reconhecida como “literatura” ainda são muito fortes. O rótulo “literário” é usado como elemento de exclusão: a produção dos escritores de fora da elite aparece como testemunho, documento sociológico, não como literatura. Há uma disputa política pelo reconhecimento de que determinadas expressões são “literatura”. Os setores mais conservadores da crítica acadêmica e jornalística, bem como muitos dos escritores da elite, são os principais defensores do status quo, alimentando a ideia de que o “literário” é um atributo sobrenatural e trans-histórico, em vez de ser uma prática social, que tem a ver com a produção de hierarquias que beneficiam alguns e excluem outros.
Por outro lado, é recorrente a ideia de que uma das marcas da literatura contemporânea é a diversidade de escritores e estilos. Consegue visualizar essa diversidade?
Diante de todos os dados que levantamos, podemos falar em diversidade de estilos, mas não em efetiva diversidade de autores e de perspectivas sociais, pelo menos não em meio aos espaços mais consagrados.
Há autores que destoam desse esquema na literatura brasileira? Quem são os escritores que criam discursos desestabilizadores na ficção nacional?
Sim, há autores que se empenham em sair de sua zona de conforto e lidar com outros temas e outras perspectivas sociais. Para isso, têm que estabelecer novos modos de dizer. Há também aqueles que se mantém em seu espaço, mas que, dali mesmo, realizam uma profunda crítica às práticas e discursos da classe média. Afinal, o elemento crítico não está necessariamente no tema, mas na capacidade de recusar a naturalização daquilo que é produto social. Por fim, há os que vêm trabalhando faz tempo nas margens do campo literário, nas periferias da sociedade brasileira. São poetas, contistas, romancistas, com uma obra que é coletivamente muito rica, muito desigual, cheia de potencialidades e limites — exatamente como a produção do campo literário legítimo, aliás.
E por que não conseguem espaço no campo literário? Alguns autores, no entanto, romperam essa barreira, como Ferréz e Paulo Lins. Por que esses escritores e suas obras vieram à tona?
Será que romperam mesmo a barreira? Ou apenas parcialmente? Há o risco de que sejam relegados à posição de escritores de nicho, sem que sejam integrados de fato ao corpus da literatura brasileira contemporânea. E que suas obras permaneçam sendo vistas no registro do documental, valorizadas mais pela autenticidade do que pela realização literária, e que eles fiquem circunscritos à temática da periferia, a única que eles poderiam abordar legitimamente. Repetindo a situação de Carolina Maria de Jesus, que foi, estou cada vez mais certa disso, uma das escritoras mais capazes e mais complexas que surgiram no Brasil nos anos 1960, mas que ainda é vista como a avis rara, como se, sem a indicação da biografia da autora (“favelada”, “catadora de lixo”), sua obra não merecesse ser lida. Dito isso, Ferréz e Paulo Lins ilustram dois caminhos diferentes para romper as barreiras. Lins estreou (como romancista) na editora de maior prestígio na época, a Companhia das Letras, e foi patrocinado por um crítico literário de primeira linha, Roberto Schwarz. Ferréz começou por conta própria e ganhou espaço como líder de um movimento de literatura de periferia. No entanto, não são trajetórias que possam ser generalizadas. Eles continuam marcados pelo signo da excepcionalidade.
Quais são os autores com os quais a crítica acadêmica trabalha?
Estamos iniciando um levantamento dos artigos publicados nas revistas acadêmicas de literatura dos últimos 15 anos. Ainda não tenho dados para embasar uma resposta mais sólida. Imagino que haja uma predominância do cânone estabelecido, Machado de Assis à frente; muita presença de Clarice Lispector, sobretudo graças à influência da crítica feminista; e uma dispersão no que se refere à literatura contemporânea, talvez com alguma concentração ligeira em nomes de maior visibilidade, como Milton Hatoum ou Luiz Ruffato. Mas a pesquisa pode produzir resultados surpreendentes — e por isso é bom fazer levantamentos sistemáticos, em vez de ficar só com a impressão a olho nu.
A crítica literária tradicional, em geral aquela publicada em jornais e revistas, perdeu importância e espaço. A universidade, por sua vez, com raras exceções, é sempre muito hermética. Quem vai separar o joio do trigo a partir de agora?
Acho que continuamos os mesmos — jornalistas, professores, pesquisadores, editores, livreiros, gestores públicos da cultura, outros escritores, somos nós que movimentamos o campo literário. Somos nós que ignoramos alguns nomes, e referenciamos outros. Há diferentes espaços de legitimação dentro do campo literário, e a influência exercida por cada um de nós participa desse processo. Só que nele nós não separamos joio e trigo: nós determinamos o que é joio e o que é trigo. Ao destacarmos autores e obras, ao acumularmos camadas de interpretações que ampliam a complexidade e riqueza de seus trabalhos, ao estimularmos que outros criadores dialoguem com eles, estamos colocando em curso um processo que é muito mais do que o reflexo das qualidades intrínsecas do produto literário.
Para além da temática, qual o principal traço estilístico da literatura contemporânea? Há contribuições importantes de jovens escritores neste campo, levando-se em conta nossa tradição de prosadores inventivos?
Não teria como apontar um único traço, devido à diversidade de estilos presente em nossa produção. Mas há algumas décadas o que vem se impondo como uma característica da literatura contemporânea talvez seja o sentimento da impossibilidade, ou mesmo da vacuidade, da pretensão de se formar o grande painel da vida nacional. Não há mais a ideia de produzir o romance que definiria o Brasil — o último foi, talvez, Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro. Nossos romances falam do aqui e do agora, de uma classe social, de um gênero e uma raça — são pequenos recortes pessoais ou de grupos localizados. Isso não é necessariamente ruim; a pretensão de totalidade pode ser uma armadilha. Mas a falta de ambição da maior parte da literatura contemporânea é um problema. Não é apenas que os romances não pretendem gerar um panorama do país. Com raras exceções, eles seguem o modelo de um fio de trama, poucas personagens, pouca complexidade e, aliás, também poucas páginas. Pode-se fazer um grande livro com essas características. Mas é difícil imaginar que só obras deste tipo gerem uma literatura de impacto.
A auto-referência também é apontada como uma característica marcante da prosa brasileira atual, principalmente em autores jovens, com menos de 40 anos. A senhora concorda?
Sim, se levamos em conta o campo literário legítimo. Há muitas explicações para o fenômeno, inclusive como opção de mercado. Mas se observamos o que se escreve por aí — em edições custeadas pelos autores, em páginas de internet, em manuscritos inéditos submetidos a concursos literários e também em coleções de baixa legitimidade intelectual de editoras estabelecidas — veremos um quadro bem diferente. Há muita fantasia, muitos dragões e bruxos, e muito romantismo exacerbado, num diálogo que se dá com a televisão, o cinema e mesmo a literatura de entretenimento. Mas isso não costuma ser levado em conta quando falamos de literatura.
A literatura tem um tempo de maturação bastante longo. Mas, diante de seus estudos, quem do atual cenário literário a senhora acha pode se tornar um nome importante no futuro?
Não gosto de responder a esse tipo de pergunta. Como falei antes, a repercussão de uma obra depende tanto de suas características quanto de fatores extrínsecos — e mesmo de sorte. Por outro lado, não creio que haja algo de “universal” no valor literário de uma obra. Há livros que falam fortemente ao nosso tempo, que nos fazem inquirir a nós mesmos e ao mundo em que vivemos, mas que talvez digam muito pouco às pessoas de 40 ou 50 anos à frente. Não vejo isso como demérito. E se porventura a obra continuar falando às gerações futuras, não é porque ela é “universal”, mas porque seus leitores, os críticos, os outros criadores que dialogaram com ela, todos ajudaram a atualizar seu sentido, com novas camadas de interpretação. Se hoje sinto que é a autora X que me motiva a pensar, espero ser capaz de entrar num diálogo produtivo com a obra dela. Será que no futuro X vai continuar interpelando seus leitores como hoje interpela a mim? Bem, isso já não é mais comigo
Saiba mais sobre o trabalho coordenado pela professora Regina Dalcastagnè
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